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2014/08/18

Tricarro Famel com cabine fechada recuperado


Há veículos que ganham vida quando o tempo passa.
Não falamos só do ganhar vida do veículo recuperado, que antes estava abandonado, destruído, parado, desmontado, enferrujado...
Falamos da vida latente que certos veículos possuem, veículos que nunca foram o pré-clássico, que nunca foram o sóbrio ou algo assim (típico de pessoas enfadonhas, que gostam de coisas enfadonhas, mas que tentam fazer com que os outros acreditem que a realidade é como a pintam).
Tricarros como este da Famel, com uma recuperação simples, ganham uma vida capaz de ofuscar veículos que à partida pareciam ter uma vida mais promissora e brilhante.

É uma prova de que a pedra rejeitada, pode ser a pedra angular.
Não tardará muito para que os tricarros de fabrico nacional comecem a ganhar destaque um pouco por todo o lado, não só a nível nacional, como internacional. E nesta última situação - a nível internacional - quando os amantes de veículos a motor com três rodas os descobrirem, não vão faltar museus, empresas e coleccionadores a desejá-los.
Entretanto o melhor é fazerem como neste caso, e verão que a vida tem outro sabor!

1 comentário

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Devo admitir que me encantam os tricarros, não apenas pelo aspecto "exótico" mas principalmente em função da racionalidade e eficiência que norteavam o desenvolvimento desse tipo de veículo. Não serei hipócrita a ponto de dizer que renunciaria a um automóvel de alta gama para ficar com um tricarro, mas ainda me encantam.

Cá do outro lado do Atlântico sempre foram mais vistos como uma excentricidade, ainda que desde 2008 estejam a ter uma maior aceitação devido ao custo operacional reduzido em comparação a uma carrinha ligeira e ainda à melhor manobrabilidade em espaços confinados. Sempre considerei um equívoco o desprezo que os brasileiros aparentavam ter por tricarros, principalmente a considerar que a colonização portuguesa deixou marcas profundas na estrutura viária das principais cidades, e os tricarros se mostram mais adequados às condições de tráfego urbanas que uma Fiat Fiorino, por exemplo.

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