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2009/04/01

Phantom - Motos portuguesas que não sairam do papel (1/2)


Esta bem que poderia ser a nossa partida do dia 1 de Abril (dia das mentiras), mas não...
A marca de motos Phantom foi inventada por José Feitor que, durante a sua adolescência, juntava o gosto que tinha por veículos de duas rodas ao gosto que tinha em desenhar e criar.

Para muitos este tipo de desenhos nada tem de especial, certamente porque para eles palavras como "sonho", "experimentar" e "arriscar" são sinónimo de "perder tempo" e de "utopia".

Mas como disse Agostinho da Silva "A utopia de hoje é a realidade de amanhã" e José Feitor não tem a sua fábrica de motos, mas tem a Imprensa Canalha - uma editora independente que publica material impresso de natureza gráfica e está ligado ao mundo da ilustração, das exposições e à Feira Laica (local onde as palavras "sonho", "experimentar" e "arriscar" são materializadas e concretizadas).

Ainda que tivesse sido uma marca portuguesa, as influências norte-americanas, italianas e nipónicas seriam mais que muitas. Quando esquecemos (ou não conhecemos) a nossa identidade - coisa que este blogue tenta contrariar, surgem projectos como o que aqui apresentamos.

O tipo de motos concebidas, as suas linhas e as suas denominações facilmente seriam aceites a nível mundial, não por estratégia comercial, mas por influência das leituras realizadas em revistas da especialidade (note-se que os desenhos são datados de 1987, altura em que a Internet não passava de "sonho", "experimentar" e "arriscar")...

A gama de motos concebidas é variada e com diferentes tipos de motorizações, desde os 500 cc, passando pelos 750 cc e acabando nos 1000 cc.

Os modelos que aqui apresentamos são a Phantom Thunder 1000, a Phantom Low Rider, a Phantom Shark e mais uma série de projectos sem denominação.

A terminar fica o agradecimento a José Feitor pela cedência dos desenhos e a informação de que as imagens foram editadas num programa informático de forma a acentuar os desenhos a grafite (motivo pelo qual alguns dos papéis parecerem muito mais antigos do que aquilo que são).

1 comentário

josé feitor disse...

Esqueceste-te de dizer que o autor tinha 14/15 anos na altura e que já andava a tratar de escavacar a flandria do pai em aventuras no pinhal, a mesma que agora lhe está está a custar uma fortuna a restaurar.

Um abraço

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