Onde há meios de comunicação, há opiniões e onde há redes sociais, há ainda mais. Estas últimas têm a capacidade de poder ampliar e disseminar opiniões de quem quer que seja, especialmente quando fazem muito barulho e começam textos com "Esta é a coisa mais verdadeira que li nos últimos tempos...", ou "Leiam antes que alguém apague..." ou "Sei que não se pode dizer isto, mas vou dizê-lo..." E pum! Um burgesso é automaticamente elevado a professor catedrático, parecendo um entendido em matérias mais específicas. Depois, e por arrasto, há sempre de forma consciente ou inconsciente a tendência para se tomar uma parte (ou um partido), nunca o todo. E seguem-se torrentes de exemplos, de frases feitas, de citações, de lugares comuns, para tentar provar o que acreditamos ser verdade.
No meio destas opiniões, são muitos os que querem guerra, os que se sentem atacados, ameaçados e estão prontos para abdicar do dinheiro que é de todos, para investir em armas e em guerra (quase sempre em detrimento da saúde, da educação e da proteção social - como se estes 3 elementos não fossem determinantes para se poder ganhar uma guerra!). Também há os que não temem a guerra, pois sabem que podem ganhar muito com ela e que estarão sempre a salvo.
É o cidadão comum quem acaba por pagar a factura, seja por impostos, seja pela sua saúde ou pela sua vida. Mas defender a guerra demonstra valentia, pelo que tudo o mais deixa de ter importância.
Isto a propósito da publicação de hoje, onde vemos um carro anfíbio Chaimite na capa de uma Revista da Armada - e não usamos a palavra "blindado", pois esta viatura era usada pela "Armada" portuguesa (a Marinha Portuguesa), que está ligada ao meio líquido (e não ao meio terrestre).

Esta revista é de Setembro de 1976, época em que os blindados Chaimite já tinham conseguido um estatuto de máquina de valor, por estar ligada ao período revolucionário.
Esta revista é de Setembro de 1976, época em que os blindados Chaimite já tinham conseguido um estatuto de máquina de valor, por estar ligada ao período revolucionário.
Era uma viatura de fabrico nacional, o que levanta muitas "opiniões"... Por norma são negativas - resultado de uma pressuposta superioridade de quem fala - por ser "professor catedrático" na matéria e, "como o não é certo", se algo falhar ou "não prestar", esse indivíduo pode sempre dizer "Eu é que tinha razão!".
Até que chega o dia em que o material que "era bom" deixa de ser fornecido (por quem sabe que temos uma dependência) e lá temos de voltar ao material nacional "que não vale nada".
E aqui fica a minha "opinião", a partir de uma foto da capa de uma revista com um carro anfíbio Chaimite com o camuflado dos Fuzileiros.



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