
Será que associam esta imagem a algo?...
Sim, já aqui tinha perguntado se
adivinhavam o que era... E não conseguiram...
Bem sei que é difícil de imaginar o que a seguir mostro!

Quando publiquei a
parte 1 e a
parte 2 sobre o Furgão oficina CP J 31100, que estava ao abandono na estação de Castro Verde, nunca imaginei fazer esta "parte 3"... (já agora informo que haverá uma "parte 4")!

Um ano depois voltei ao local para ver o que teria sobrado do furgão oficina, pois já tinha lido no fórum
ParaFerroviário que o mesmo tinha sido destruído...
Para quem não está dentro do assunto, neste local existia um furgão oficina com cerca de 100 anos. Sei que metal com 100 anos (século XIX, passagem para o séc. XX) é apreciado por sucateiros, pelo seu grau de pureza ou porque não tem outras ligas à mistura...
Nota: Parto do princípio que o furgão foi destruído, para depois vender o metal e usar esse dinheiro para pagar as dívidas que dizem que a CP tem... Mas também poderá ter sido destruído só porque era velho...

Não compreendo como é que material com esta idade é assim destruído... Se foi guardado (ou abandonado) e resistiu durante tanto anos, porquê isto?
Será que não tinha interesse para um museu, nem que fosse um qualquer museu municipal, já que o Museu Nacional Ferroviário tarda em ver a luz do dia?
E será que não haveria uns entusiastas nacionais (ou internacionais) dispostos a pagar mais do que o seu peso em metal, para depois o restaurar e conservar?

O local está cheio de restos de metal e de madeira, bem como de outros elementos que passarei a identificar:
- Uma tampa de recipiente com a inscrição "Tudor Portugal"...
- Outra tampa com a inscrição "Lazeite, Lda Lisboa"...

- Um carimbo feito à mão num pedaço de cortiça com a palavra "Alvalade", certamente pertenceu a alguém que estava farto de escrever a palavra à mão...

- Um suporte metálico em "L"...

- E os restos de uma lata com a marca "M. Cruz Lisboa" que foi usada para fazer um modelo, ou algo parecido...
São pequenos elementos com pouco ou nenhum valor museológico, mas estou certo que poderiam ser material suplente para futuros restauros ou para servirem como material pedagógico no futuro Museu Nacional Ferroviário - para que as crianças que "gostam de ver com as mãos" pudessem mexer em "coisas antigas" sem qualquer problema...