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2014/10/31

Fotografia antiga com Sóbrinca e criança


Devido à nossa acção na Internet os triciclos de fabrico nacional começaram a ser olhados de outro modo.
A tarefa não está concluída, mas é um trabalho que lentamente caminha para a meta.
Hoje mostramos uma fotografia antiga com um triciclo Sóbrinca e uma criança a seu lado. O triciclo é em metal cromado, com selim em madeira, forrada a napa. Tem punhos e pedais em plástico. Os pneus são em borracha de cor amarelada.
Quando olhamos para o quadro do triciclo parece ser uma estrutura frágil, pois a zona do selim não liga à coluna da direcção e a parte das rodas traseiras só está soldada ao quadro em dois pontos. Tudo aspectos que aparentemente não resistiriam ao cuidados e carinhos das crianças mais mexidas. Mas chegaram vários aos nossos dias e os pontos em questão não acusam problemas...

A fotografia não é profissional, mas ampliando o emblema do triciclo percebe-se que é da Sóbrinca, de Caldas de São Jorge.

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2014/10/30

Vídeo da victória UMM no 7.º Raid da Grécia em 1992


No próximo fim-de-semana os jipes UMM voltam a estar presentes na Baja de Portalegre 500, pelo que juntamos este facto às comemorações dos 8 anos do Rodas de Viriato e apresentamos mais um vídeo que seque os padrões da casa.
Neste caso podemos rever imagens dos bastidores e da prova do 7.º Raid da Grécia em 1992, onde Carlos Barbosa e Carlos Mota obtiveram a 1.ª vitória internacional da UMM.
O jipe usado foi o UMM Proto PRV V6 cuja base já tinha vários anos de vida, mas que foi actualizada de forma a conseguir este feito notável. O mesmo jipe correu em África em finais de 2012 e volta agora a competir em Portalegre, não temendo jipes mais novos. Afinal de contas quando a base é boa, o tempo não se faz notar. Desejamos o melhor resultado para a equipa Tucha Competição.
O vídeo está na página do utilizador Norberto Liberato no Youtube.com.

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2014/10/29

Mini Moke amarelo e agência de BES(ta)


Um bom cenário ajuda sempre a vender um veículo clássico.
Mas neste caso o carro antigo - um Mini Moke - não está para venda...

Tão somente foi apanhado junto a um edifício de linhas diferentes e o nosso olhar crítico aproveitou logo para captar o momento e falar um pouco sobre a actualidade "intemporal".
Vejamos: na nossa sociedade e meios de comunicação, a retórica é coisa que vale ouro. Já aqui falámos desta capacidade que alguns têm.

Nós também somos um meio de comunicação, e também temos retórica (e muita honestidade para assumir isso mesmo, sem iludir ou enganar quem quer que seja!).

Mas vamos por partes - vejam as duas primeiras fotos e as que antecedem esta frase... O Mini Moke amarelo é o mesmo, mas o fundo muda; e se nas primeiras o Mini Moke poderia ter um valor, nas duas últimas vale logo menos 1000 euros...
É aqui que entra e retórica e a capacidade de persuasão. Deixamo-nos influenciar por um ponto de vista e a mesma realidade tem leituras diferentes.

Com isto pretendemos falar e cascar nas ideias que são vinculadas por retóricos que são pagos para isso, bem como nas dos que falam de livre iniciativa sem nada ganhar, tornando tudo um pouco confuso e dificultando a separação do trigo e do joio.
Pois o edifício que aparece nas imagens que abrem este artigo é uma obra de arquitectura que em tempo de vacas gordas pode ser visto como uma obra de arte, mas em tempo de vacas magras pode ser visto como a obra onde se gastou dinheiro inutilmente, pondo em questão se quem o concebeu e construiu foi privilegiado ou favorecido.

Não são afirmações que fazemos, são questões que nos passam pela cabeça, tentado sempre pensar que tudo foi feito com a melhor das intenções e de forma sustentada e ponderada.
Mas quando deixamos o edifício e nos afastamos um pouco, vendo onde está inserido - numa zona de construção desenfreada, sem qualquer cuidado que não fosse o de construir em força para responder à fomentada procura de casa de férias no Algarve - neste caso em Altura - tolda-se-nos a vista e começamos a ver Ricardo Salgado e todos os engravatados que dizem "vives acima das tuas possibilidades", "tiveste mais olhos do que barriga", "não produzes o suficiente", "tens de trabalhar mais e ganhar menos", "compraste a crédito e não o devias ter feito".

Uma vez que vivemos acima das possibilidades; uma vez que tivemos mais olhos do que barriga, uma vez que não produzimos o suficiente; uma vez que trabalhamos mais e ganhamos menos; uma vez que comprámos a crédito e não o devíamos ter feito... Temos motivos para dizer que esta agência do BES é uma BESta. Simboliza uma besta de um sistema e de um grupo que tal como o Minotauro procura meninas virgens para se alimentar. Neste caso as virgens são os que acreditam no que nos querem vender, tal como o Mini Moke com o cenário bonito. Até acreditamos que vale mais!

O traquejo do contacto com as artes não nos deixa convencer, este edifício em termos de localização é como uma borbulha numa cara de uma modelo. Em vez de ser um espaço emblemático e de qualidade numa zona de construção desordenada que a arquitecta Ana Costa quis que fosse, é a erupção cutânea de algo que não está bem. O sinal que os tempos provaram ser de um grupo bancário que viveu acima das suas possibilidades; que teve mais olhos do que barriga, que não produziu o suficiente, que tem de trabalhar mais e ganhar menos, que comprou a crédito e não o devia ter feito...

Como não calçamos luvas brancas para poder dar bofetadas, dizemos:
Embrulhem ò colarinhos brancos de brilhantina no cabelo grisalho! Vão todos para o c******!

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2014/10/28

5.ª Classic Expo do Cartaxo - Veículos antigos, peças, miniaturas, literatura...


A 5.ª Classic Expo do Cartaxo - Veículos antigos, peças, miniaturas, literatura, etc., está marcada para dia 14 e 15 de Fevereiro de 2015. Terá lugar no pavilhão de Exposições do Cartaxo.
Mais informações aqui:
- Página oficial do evento.
- Página oficial no Facebook.
E também pelo telefone indicado no cartaz.

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2014/10/27

Oficina das motorizadas Tâmega em Amarante


A propósito dos 8 anos deste blogue, continuamos a apresentar oficinas antigas de motorizadas.
Mas neste caso não é uma comum (já por si pouco comum!) oficina antiga de reparação de motorizadas e de bicicletas, ou de venda de peças para as mesmas.

Trata-se nada mais, nada menos do que a oficina que vendia as motorizadas de marca Tâmega, em Amarante.

Terá sido criada por volta de meados dos anos 50 do século passado e manteve-se de portas abertas até aos nossos dias.

Nas paredes e no tecto há muitos vestígios de outros tempos, sejam pneus, aros, rodas para triciclo ou peças para motorizadas antigas - algo impossível de recriar ou de imitar.

Havia também várias motorizadas que estavam a fazer reparações, outras que esperavam por recuperação, bem como bicicletas e até um ciclomotor Vilar com motor Cucciolo que já aqui mostrámos.

A oficina usou o nome do rio que passa por Amarante - Rio Tâmega, para baptizar os modelos que vendia com montagem Confersil. Mas a identificação à localidade onde se situava não se ficou por aqui, também os emblemas usados em alguns dos depósitos de combustível das motorizadas tinham representada a igreja de S. Gonçalo, bem como a ponte com o mesmo nome.

A oficina situa-se no largo conselheiro António Cândido, onde se pode ver uma estátua deste amarantino.

Como se pode ver pela imagem anterior, situa-se entre os números 145 e 150, mas as motorizadas são a melhor referência para quem quer encontrar a oficina.

Terminamos com um agradecimento pela forma como fomos recebidos e pudemos realizar esta reportagem.

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2014/10/26

Vilar Cucciolo MT 50 - XI Automobilia Ibérica da Moita


Continuamos com os 8 anos RDV e com publicações especiais.
Hoje com um veículo algures entre o ciclomotor e a motorizada, do qual pouco sabemos, mas tem uma chapa da Vilar no quadro. Será um veículo legítimo da marca ou uma adaptação?

Que a Vilar foi uma grande empresa, nem todos sabem, mas com facilidade se constata pelos modelos produzidos que versatilidade, diversidade e espírito inventivo não lhe faltou.

Este veículo é a prova disso mesmo.
Mantém o motor Cucciolo da Ducati que a marca usou em grande escala nos ciclomotores, mas tem configuração de uma motorizada, onde o depósito é de maiores dimensões e há uma preocupação em tornar o conjunto mais robusto.

Há ainda um pormenor que se destaca no quadro: o sistema de suspensão traseira, que funciona com um braço oscilante que é amortecido dentro do varão do quadro que faz a ligação entre a coluna da direcção e a zona do selim.

Há ainda alguns pormenores interessantes que aparentemente são originais.
O pneu da roda de trás é da marca Lutador.

Já o pneu da roda da frente é listado e é da Bufalo. Na lateral diz "Motor Extra".

No quadro é visível a caixa do eixo da roda pedaleira, mas a mesma não está presente.

No guarda-lamas de trás há um farolim de Soubitez que aparenta não ser original.

O travão traseiro já era de pedal e funcionava com um método simples, que até parece ser uma adaptação.
Por tudo o que dissemos, perguntamos que Vilar é esta?

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2014/10/25

Fotografia lateral da Casal K 280 com motor de 250 cc


E continuando a comemoração dos 8 anos de existência deste blogue, apresentamos mais uma fotografia da pouco conhecida Casal K280 com motor Casal a dois tempos de 250 cc.
Segundo o que consta foram produzidos dois protótipos deste modelo de estrada, apresentado em 1975 e com lançamento previsto para 1976, que não se chegou a verificar.
Não foi a única 250 cc de fabrico nacional (ver Anfesa RV 250 e a AJP PR5 250). A própria casal teve outro modelo com motor 250 cc destinado à competição no motocross, fabricado em parceria com a italiana Villa.
Na imagem destaca-se o escape com forma de cone alongado, o travão de disco na roda da frente e a falta de um suporte de mercadorias na moto, o que de certa forma mostra que a Casal pretendia chegar a outro tipo de cliente.

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2014/10/24

Catálogo UMM - Le UMM sans détour - UMM 4x4 Le plaisir utile


Continuamos a comemorar o 8.º aniversário com publicações um pouco mais especiais.
Por isso divulgamos um catálogo da UMM que mostra alguns dos jipes fabricados antes do final da produção em série, e que foi criado para o mercado francês, com o slogan UMM 4x4 Le plaisir utile (UMM o prazer útil). Fica a dúvida se terá sido publicado por volta de 1992 / 1993 ou mais tarde.

A propósito deste panfleto...
Dizer mal é o recurso que muitos usam para dar um ar de entendidos ou de superiores, pois para se poder fazer uma crítica negativa, tem de se conhecer muito bem uma determinada temática. Só depois conseguimos ter sentido crítico que nos permite falar de forma justa - ideia resumida na máxima "antes de falares de um homem, experimenta andar com os seus sapatos".
É claro que no dia-a-dia qualquer burgesso que mal conhece a sua mão é capaz de vomitar umas palavras negativas a propósito de qualquer temática, de modo a parecer ser entendido no que seja. Alguns até conseguem obter cursos complicados e depois tanto falam de comportamentos humanos, como de quem ganha muito dinheiro a correr em relvados atrás de um sólido geométrico que é brinquedo de criança.

Dizer mal do que fazemos é um clássico, em parte resultado da pescadinha de rabo na boca em que a falta de conhecimento (ou de luz), justifica a criação de ideias erradas (e de trevas).
Mas estamos cá para alterar isso e para calar quem fala sem saber, nada como apresentar argumentos de peso - neste caso jipes que são pau para toda a obra, versáteis e com estilo! E este panfleto mostra isso mesmo.

Na imagem com o número 1 podemos ver uma versão com 5 portas do UMM Alter que normalmente só tem 3 portas. Era uma proposta de versão para ser usada por forças policiais. Para a transformação foram adaptadas portas normais dos UMM, mas com um corte na chapa devido à proximidade da cava da roda traseira. Foi ainda incluído um vidro lateral para maior visibilidade e entrada de luz no jipe.

Na foto com o número 2 podemos ver um UMM Alter CD com uma caixa fechada em fibra e grelha metálica por cima do tejadilho do jipe. Há ainda uma escada na traseira que permite o acesso a parte de cima do jipe.
Já na foto com o número 3 vemos um UMM Alter CS com caixa metálica (em alumínio?) basculante, especialmente indicada para usos agrícolas, florestais e industriais.

Em relação às versões normais, nota-se que a UMM conseguia produzir jipes adaptados aos dias que corriam (e que correm!). A versão denominada UMM VP Alter 100 HT / ST, com capota metálica é um bom exemplo do que disse antes. A pintura é metalizada, o tejadilho tem vidros alpinos e está pintado da cor da carroçaria, as jantes são cromadas. Mais intemporal, é difícil!

O mesmo acontecia com o UMM VP Alter 100 HT / ST com capota de lona ou encerado. Tem um ar simples e despojado.

Mas outra das novidades nestes jipes UMM era o interior que tinha um novo tablier e novas forras das portas. Deste modo estava pronto para uma utilização mais citadina, como se verifica hoje em dia com a maioria dos 4x4 vendidos.

Estas últimas tinham colunas de som embutidas e um pequeno cesto para cartas / papéis ou objectos pequenos. Aparentemente era feita em fibra, o que facilitava a limpeza.

Este novo tablier pretendia ser mais ergonómico e tinha uma sofagem mais potente. A saída de ar para a zona dos pés foi melhorada, tornando-se mais eficaz (a anterior estava direccionada para a zona dos joelhos).

Foi melhorada a insonorização do habitáculo, que passou a estar revestido com uma alcatifa cinzenta e foram usados novos amortecedores - tudo pensado para melhorar a experiência de condução / viagem.

No folheto é referido que existiam 23 versões disponíveis para venda, algumas delas pensadas para protecção civil, para os bombeiros ou para empresas de telecomunicação.

No verso do folheto foi colado um autocolante com a nova morada da UMM France: 72, Rue Edgar Faure - 25400 Exincourt - B.P. 39 - 25401 Audincourt

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2014/10/23

Bicicleta pasteleira antiga Vouga com roda 28 (1/3)


Aproveitamos as comemorações do 8.º aniversário deste blogue para mostrar uma bicicleta de fabrico nacional da marca Vouga, vendida há muitos anos pela Sociedade Comercial do Vouga, L.da.

É um exemplar que mostra a pujança que em outros tempos as empresas nacionais ligadas às duas rodas sem motor tiveram.
Esta bicicleta está cheia de emblemas gravados, o que a par dos decalques originais e da pintura original, a tornam algo de especial.

Um dos poucos componentes que não é de fabrico nacional, é o cubo da roda da frente, que é da Bayliss Wiley - Made in England.

No guarda-lamas da roda da frente, junto da crista cromada, ainda é possível ver o decalque da Sociedade Comercial do Vouga, de Águeda.

Esta bicicleta tem muitos componentes da EFS - marca conhecida pela qualidade e durabilidade dos seus produtos. Na imagem anterior podemos ver a gravação com o emblema da EFS no guiador da bicicleta.

O selim era em couro e foi fabricado pela Tabor. Neste caso concreto é o topo de gama da marca, pois é o Tabor "Extra-Especial" 100, com o couro da melhor categoria.

Os componentes do sistema de travagem também estavam contrastados com o emblema da EFS e diziam Fabricado em Portugal.

A bicicleta tem travões de alavanca, campainha e sistema eléctrico.

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